Empresários feirenses se reúnem com Zé Neto para discutir revisão de decreto estadual sobre vendas com cartões

Trade de serviços deseja prorrogar autorização para vendas em maquinetas sem fio para hotéis e motéis na Bahia; modelo definido pelo Governo evita sonegação fiscal
 
O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, se reuniu na tarde desta segunda-feira (13) com representantes de donos de hotéis, restaurantes, bares e similares de Feira de Santana (SindFeira de Santana) para discutir mudanças na forma de pagamentos por cartões de crédito e débito no Estado que, a partir deste mês, já deve ser feito obrigatoriamente via TEF (Transferência Eletrônica de Fundos). Esse sistema não permite o uso de maquinetas sem fio, já que é acoplada ao emissor de cupom fiscal, o que, segundo o trade, cria um desconforto com a clientela e pode, a médio prazo, gerar perda de receitas ao Estado.
 
Os membros do SindFeira entregaram ao deputado um documento solicitando a exclusão (permanente) da obrigatoriedade do uso da TEF por hotéis, restaurantes, bares e similares no Estado, prevista no decreto estadual 14.295/13, em função das dificuldades operacionais de implementação do mesmo nos referidos estabelecimentos e risco de perda de faturamento e, por conseguinte, redução da arrecadação de impostos. Desta forma, o sistema POS (da sigla em inglês Point Of Sale, que significa ponto de venda), continuaria permitida aos referidos serviços, a exemplo do que ocorre em Pernambuco.
 
Segundo Zé Neto, a intenção do Governo com o decreto foi buscar o controle total da operação fiscal dos contribuintes, evitando sonegação fiscal. No entanto, garantiu levar o pedido à Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz). “O setor produtivo, sempre que nos procura, recebe nossa atenção. Os pleitos que foram apresentados vão ser encaminhados ao secretário da Fazenda, Manoel Vitório, e aos técnicos da pasta, que vão avaliar a possibilidade de atendê-los. Óbvio que o que o Estado quer é a modernização da fiscalização, o que garantirá um melhor controle do setor, e isso é bom para quem anda na linha”, considerou. 
 
O deputado citou barreiras tecnológicas que ainda não permitem que o serviço seja oferecido da maneira ideal. “O que o setor reclama é que a tecnologia ainda é deficiente do ponto de vista do atendimento dessas demandas, na velocidade que se espera. Mas é uma conversa, um processo que deve evoluir. De nossa parte, reconhecemos a legitimidade do pleito, e vamos levar à mesa de negociação. O Estado tem dialogado e vai continuar conversando”, completou.
 
Situações incômodas
 
O presidente do SindFeira de Santana, Getúlio Andrade, citou situações rotineiras para mostrar como a mudança pode interferir de forma negativa para as atividades. “Num motel, por exemplo, normalmente se paga através das maquinetas, no próprio quarto. Com a obrigatoriedade do TEF, o cliente será obrigado a ir até um local, a recepção, para fazer o pagamento. Num bar, terá de ir até o balcão, e por aí vai. O TEF é legal para alguns segmentos, não para o nosso”, defendeu. 
 
Antes do prazo para cumprimento do decreto esgotar, bares, restaurantes e postos de combustíveis conseguiram permissão para que o sistema POS continue sendo utilizado até julho de 2015. No entanto, hotéis e motéis não foram contemplados com a prorrogação da inexigibilidade da TEF.

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